O protagonista, Calisto
Elói, um fidalgo transmontano, austero e conservador, é uma espécie de
encarnação satírica desse Portugal: eleito deputado, Calisto vai viver para
Lisboa, onde se deixa corromper pelo luxo e pelo prazer que imperam na capital,
tomando como amante uma prima afastada, Ifigénia, e transitando da oposição
miguelista para o partido liberal no governo. Ironicamente, a esposa de
Calisto, Teodora, uma aldeã prosaica, imita-o: vendo-se desprezada pelo marido,
une-se a um primo interesseiro e sucumbe ela própria aos vícios da modernidade.
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