terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Poema da semana 4 a 11 de dezembro







    ARMA SECRETA

Tenho uma arma secreta
ao serviço das nações.
Não tem carga nem espoleta
mas dispara em linha reta
mais longe que os foguetões.
Não é Júpiter, nem Thor,
nem Snark ou outros que tais.
É coisa muito melhor que todo o vasto teor
dos Cabos Canaverais.
A potência destinada às turbinas
não vem da nafta queimada,
nem é de água oxigenada
nem de ergóis de furalina.
Ereta, na torre erguida,
Em alerta permanente,
espera o sinal da partida.
Podia chamar-se VIDA,
chama-se AMOR, simplesmente.
    António Gedeão

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