Faz uma
chave, mesmo pequena,
entra na
casa.
Consente
na doçura, tem dó
da
matéria dos sonhos e das aves.
Invoca o
fogo, a claridade, a música
dos
flancos.
Não
digas pedra, diz janela.
Não
sejas como a sombra.
Diz homem,
diz criança, diz estrela.
Repete
as sílabas
onde a
luz é feliz e se demora.
Volta a
dizer: homem, mulher, criança.
Onde a
beleza é mais nova.
Eugénio de Andrade