ODE MARÍTIMA
Ó
fugas contínuas, idas, ebriedade do Diverso!
Alma
eterna dos navegadores e das navegações!
Cascos
reflectidos devagar nas águas,
Quando
o navio larga do porto!
Flutuar
como alma da vida, partir como voz,
Viver
o momento tremulamente sobre águas eternas.
Acordar
para dias mais directos que os dias da Europa,
Ver
portos misteriosos sobre a solidão do mar,
Virar
cabos longínquos para súbitas vastas paisagens
Por
inumeráveis encostas atónitas...
Álvaro
de Campos (excerto)
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