A razão por que se abre um livro para ler é a mesma por que se olham as estrelas: querer compreender.
Saramago
Nome indubitavelmente ligado à nossa escola, Saramago aqui representou fonte de inspiração (uma professora que lecionou na Aurélia de Sousa até 2012), Maria de Fátima Candeias, recebeu o primeiro prémio no concurso “Saramago – uma história de 90 anos”, com o texto Diário de uma homenagem, e deu resposta a uma questão pertinente e intemporal, colocada pela bibliotecária cessante do nosso estabelecimento de ensino -Maria Luísa Saraiva-, visando o incentivo à leitura. No primeiro caso, constituiu um prenúncio da consagração, no domínio literário, da autora de Um Fiel Jardineiro, onde obteve o Prémio Nacional de Conto, Manuel da Fonseca.
No segundo, motivou todos aqueles que frequentavam o espaço da biblioteca escolar e se deparavam com o cartaz onde era exibida, em momentos de efeméride ao Nobel, uma definição extraordinária e motivadora do que é a leitura.
“A razão por que se abre um livro para ler é a mesma por que se olham as estrelas: querer compreender. Mas não há nenhuma lei que obrigue as pessoas a levantar os olhos para o espaço ou a baixá-los para esse outro universo que é uma página escrita. Não há gosto sem curiosidade nem curiosidade sem gosto. Ler é uma necessidade que nasce da curiosidade e do gosto. Se não tens gosto nem curiosidade, deixa os livros em paz, porque não os mereces. Sempre haverá alguém para abrir comovido um livro, para querer saber o que está por trás das aparências. Cada livro é uma viagem para o outro lado.”
José Saramago (Maio de 1997).
Assim, nunca é demais recordar um autor que desperta paixões, numa data que assinala o seu aniversário, o dia 16 de novembro.
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