segunda-feira, 17 de maio de 2021

As Famílias na literatura

 


O Dia Internacional das Famílias celebra-se a 15 de maio, as Nações Unidas chamam a atenção para a necessidade de acompanhar as rápidas transformações no mundo em que vivemos, que têm como consequência alterações profundas na estrutura familiar. Com efeito, os núcleos familiares estão a tornar-se mais pequenos,  muitas vezes monoparentais, muito diferentes da imagem das extensas famílias ficcionais presentes nos livros e nos filmes, que alimentaram a nossa imaginação. 
A propósito deste dia, 
lembramos algumas famílias famosas na literatura. 


Os Maias- Eça de Queirós

A ação de Os Maias passa-se em Lisboa, na segunda metade do século XIX, e apresenta-nos a história de três gerações da família Maia.

Imagem do filme " Os Maias" de João Botelho

A ilustre Casa de Ramires- Eça de Queirós

A Ilustre Casa de Ramires incide sobre um tema que muitas vezes seduziu Eça de Queirós: o tema da História. Representado como autor de uma novela histórica, Gonçalo Mendes Ramires protagoniza uma reflexão sobre a escrita literária, sobre o passado da sua antiquíssima família  e sobre os termos em que no presente é vivido esse legado.

https://queirosiana.wordpress.com/category/a-ilustre-casa-de-ramires/



 Uma família Inglesa- Júlio Dinis

A história de amor entre Carlos Whitestone, filho de uma família de comerciantes ingleses, e de Cecília, a filha do guarda-livros na casa comercial dos Whitestone, num romance que tem como pano de fundo o Porto urbano do século XIX.



Os Buddenbrook- Thomas  Mann

Os Buddenbrook, publicado quando o autor tinha vinte e seis anos, é um dos melhores primeiros romances alguma vez escritos e influenciou a atribuição do Nobel de Literatura ao autor em 1929.
A obra acompanha a vida de quatro gerações dos Buddenbrook, uma próspera família de comerciantes no Norte da Alemanha, que tem várias características em comum com a do próprio autor.
No romance desfilam vivências da burguesia alemã entre nascimentos e funerais, casamentos e separações, ambições e rivalidades, êxitos e crises. A chegada da modernidade acompanha o declínio moral e económico da família.


A Saga - Sophia de Mello Breyner 

Neste conto de Sophia conhecemos a  história da família de Hans o jovem rapaz da illha nórdica de Vig, que sonha ser marinheiro contra a vontade do seu pai. Para realizar o seu sonho parte num cargueiro, rumo ao Sul.  Na cidade do Porto é acolhido por um inglês que o trata como filho e o ajuda a singrar nos negócios. Hans casou com Ana, de quem teve seis filhos e transformou-se num dos comerciantes mais respeitados da cidade, cuja "palavra era de oiro". No entanto, Hans tem o profundo desejo de regressar à sua ilha de Vig e reconciliar-se com a sua família, desejo que nunca consegue concretizar.  



Mulherzinhas- Louise May Alcott

O livro Mulherzinhas (1868-1869), escrito por Louisa May Alcott, ilustra vários valores familiares. A história da família March começa durante a Guerra Civil Americana, onde o pai vai combater, colocando a família numa situação económica muito difícil. As jovens da família March, Meg, Jo, Beth e Amy, tiveram que enfrentar o fato de serem pobres e não poderem ter aquilo que desejavam. Apesar de passarem por momentos muito difíceis, as raparigas sentem-se felizes por poderem contar com a sua mãe e irmãs. Em Mulherzinhas a família é uma parte muito importante da vida e tudo pode ser possível com o seu apoio.



                                                                        Imagem do Filme " Little Women" de Greta Gerwig (2019)

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